Uso da máquina pública inflaciona eleições, sufoca candidaturas independentes e ameaça a democracia no estado. Prefeituras de diversos municípios da Bahia vêm sendo utilizadas, na prática, como comitês eleitorais informais para impulsionar campanhas de ex-prefeitos que se preparam para disputar vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal em 2026. A prática drena recursos públicos, distorce a concorrência eleitoral e coloca em risco a lisura do processo democrático. Após deixarem o cargo, ex-prefeitos elegem seus sucessores e mantêm influência direta sobre as gestões municipais, passando a utilizar contratos, cargos comissionados, eventos oficiais, inaugurações e serviços públicos como instrumentos de promoção político-eleitoral.