O quadro fiscal brasileiro é uma bomba relógio. Todos sabem, do Lula ao Bolsonaro. E quando implode? O orçamento de 2026 foi aprovado e joga, para 2027, as duras conclusões da lógica: A arrecadação não cobrirá as despesas obrigatórias e encargos com juros, se nada for feito. O Brasil cai em dominância fiscal, que significa: não importa onde se coloque a taxa SELIC. O mercado não irá acreditar na autoridade do Banco Central, não comprará dívida, não financiará o governo e não existirá política monetária. A saída será o autofinanciamento, que imprime cada real a mais, fazendo desvalorizar cada real que já está no bolso de cada brasileiro. O fiscal vai nos matar em dois anos, e parafraseando Simone Tebet, que não é oposição, é composição — ministra do Planejamento do atual governo —, em quase uma confissão: “Estamos prestes a enfrentar uma das maiores crises dos últimos tempos em 2027”. O próprio governo sabe do tamanho da crise, e sabe, portanto, que algo deverá ser feito. Arrocho da previdência e do salário mínimo, contenção cavalar de gastos correntes. Todo o oposto da agenda do Lula.