Como editor-chefe da rede Globo no Rio, o editor deste blog ia aos finais de semana à Salvador visitar as suas duas filhas. Num deles, o então ministro das Comunicações, ACM, o chamou no seu apartamento na Graça afirmando que não queria ser “governador da Bahia pela terceira vez e sim senador”. Por isso, ele queria formar uma chapa tendo como candidato ao governo Roberto Santos e ele como senador. Uma semana depois, fomos levar a proposta ao Dr. Roberto, que nesta época morava na Pituba, e ele não aceitou em hipótese nenhuma. Tinha suas razões. O ACM foi indelicado com a então primeira-dama Maria Amélia. Conspirou para derrubar Roberto Santos quando ele era ministro da Saúde do governo Sarney e fez a mesma coisa com Prisco Viana, que era ministro da Habitação. Concorreu contra Antônio Carlos e perdeu, mas manteve a ética. Também é filho do reitor Edgar Santos que construiu a maior obra universitária do Brasil que é o campus da Universidade Federal da Bahia. Ficou inimigo do Antônio Carlos até ontem, quando morreu. Deixa um legado inestimável e uma das razões que mais irritava o velho coronel baiano era quando alguém chegava perto dele e enaltecia Roberto Santos que, por sinal, foi o governador que colocou em Salvador pela primeira vez um negro na prefeitura. Foi o professor universitário Edvaldo Brito, indicado por Roberto Santos para ser prefeito de Salvador, que, por sinal, fez bela administração.